quarta-feira, 9 de maio de 2007

momento YES


O grupo inglês Yes


o maior celeiro de virtuosos da música progressiva, nasce em 1968, a partir de um encontro entre Jon Anderson, então com 24 anos, e Chris Squire. Squire, baixista quatro anos mais moço que Jon, fazia parte do Mabel Greer's Toyshop. Num barzinho do Soho chamado La Chase, em Birmingham, conhece Anderson (vocal), de origem humilde (do interior da Inglaterra, mais precisamente de Accrington, Lancashire, e que já havia feito parte de outras bandas, entre elas o The Warriors), que ali lavava pratos e cantava com o degradante trio de plantão. Durante uma conversa, os dois descobrem ter os mesmos interesses musicais (ambos eram fãs de Simon & Garfunkel e dos Beatles), já compõem juntos Sweetness -que fará parte do primeiro disco da banda-, e decidem recrutar outros músicos para formar o novo grupo.Parte do trabalho de Jon Anderson anterior ao Yes está registrado no LP Hard up Heroes, onde há música do The Warriors. O repertório dos Warriors era composto por músicas de Elvis Presley e Everly Brothers. Neste LP encontramos uma canção onde Anderson assume a parte vocal. O baixista e compositor David Foster, que depois se juntou ao Badger, junto com Tony Kaye, também fazia parte. Foi desta velha amizade entre Anderson e Foster que nasceram composições de sucesso como Time and a Word e Sweet Dreams. Este período com os Warriors durou até 1967 aproximadamente. Depois disso é que encontramos Jon no La Chase. Foi neste simples emprego que ele ficou sabendo da existência do Led Zeppelin. Certa vez foi chamado para cantar em uma banda onde tocava um guitarrista desconhecido de nome Ritchie Blackmore. Anderson não o conhecia e perguntou "quem é esse cara?". Ele mal poderia imaginar que "esse cara" futuramente seria um dos mais importantes instrumentistas do hard-rock dos anos 70.Chris traz para o Yes Peter Banks (guitarra), com quem já tocava no Toyshop (antes do Toyshop, Banks e Squire tocaram no Syn, grupo de certo prestígio no cenário psicodélico/progressivo londrino). Acharam Tony Kaye como tecladista. Para a bateria, descobriram Bill Bruford, que tocava no Savoy Brown e possuía um jeito diferente de tocar o instrumento, "meio chinês", como ele mesmo dizia. Bill era inventivo, disposto, mas logo deixaria o Yes por sua grande paixão, a arquitetura. Não por muito tempo: dias depois, após uma desastrosa apresentação do Yes com um baterista "alugado", Bill aos prantos, pediu para voltar. Segundo Jon Anderson, o nome Yes foi escolhido porque soava bastante positivo e porque o grupo possuía uma proposta musical em sintonia com a época, de adicionar ao rock outras influências, do jazz, do folk e da música "erudita", além do ingrediente psicodélico.Uma das primeiras influências do Yes foi o grupo The Nice (do qual fazia parte o futuro ELP Keith Emerson), embora fossem comparados, desde o princípio, com o tecladista Keith Emerson e, posteriormente, com o Emerson, Lake & Palmer.
Em 1969, sai o primeiro disco, Yes, muito bem recebido pela crítica, puxado por Sweetness e uma intrincada versão de Every Little Thing, antigo sucesso dos Beatles. Yes tem como maior destaque a faixa Survival. O debut chegou ao primeiro posto das listas de vendagem inglesa e, ainda naquele ano de 1969, o grupo foi aplaudido de pé pela primeira vez, no Royal Albert Hall, quando abriu o show para o Cream. O Yes foi um dos últimos grupos a ficar famoso no underground londrino através de apresentações no Marquee Club.Depois vem Time and a Word (1970), o segundo álbum, que já mostra uma certa evolução, possuindo a utilização de orquestra, além de ter como melhor música a faixa título. Sai Banks (que funda o Flash) e entra o virtuosíssimo guitarrista Steve Howe, 23 anos de música renascentista, barroca e rock e com o seu estilo clássico de tocar. Howe, nos anos 60, havia feito parte de bandas como Tomorrow, In Crowd, Syndicate e Bodast (esta, sua última banda antes de entrar para o Yes). Howe gravou, com o Tomorrow, o sucesso My White Bicycle.

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